O primeiro contato entre o paciente e o médico é extremamente importante. Quando se trata de Cirurgia Plástica não é diferente, em que a conversa e um bom exame clínico são cruciais para o sucesso do tratamento. É neste momento que o médico conhece o paciente, ouve suas queixas, analisa seus desconfortos e desejos, para assim emitir seu parecer técnico e proposta de tratamento que julgar mais adequado. Também é neste momento que o paciente pode confirmar a expectativa que possuía do seu médico quando do momento da escolha e marcação da consulta.
Quando se estabelece o elo de respeito e confiança mútua, está estabelecida a chamada relação médico-paciente. E é esta relação que fornece os pilares para a medicina ética, responsável e humanizada praticada pelos bons profissionais. Não obstante nos deparamos com pacientes que buscam uma segunda opinião, muitas vezes tendo passado com outros profissionais já consagrados e respeitados no meio, que certamente estariam aptos a prover o melhor tratamento tecnicamente possível, porém com quebra na relação aqui já citada.
Para o êxito do tratamento, o cirurgião não deve se eximir de aprimorar seus conhecimentos, refinar as melhores técnicas cirúrgicas possíveis e de se atualizar constantemente, mas também deve estar disposto a ouvir para ser ouvido. Os melhores resultados certamente advém de quando médico e paciente compartilham seus desejos, anseios e angústias através de empatia e consideração bilateral. Por fim, deixo aqui sugestão de leitura de um livro que tive oportunidade de ter contato ainda durante a época da graduação em medicina, hoje não menos atual e relevante.
Como os Médicos Pensam, Jerome Groopman
“Abordando casos e analisando raciocínios que levam os médicos a conclusões e diagnósticos brilhantes ou totalmente errados, o autor investiga o mundo quase secreto da medicina. Um livro de estilo único que combina jornalismo, medicina e romance, produzido a partir de pesquisas, entrevistas e informações sobre o relacionamento médico-paciente”.